quinta-feira, 28 de abril de 2011

Amamentação

Quando a Luísa nasceu, tinha muita vontade de a amamentar. Tinha já a experiência do Henrique que foi boa, sem dores nem peito gretado, mas curta. Com a mania de que só estava a engordar o mínimo, comecei a dar-lhe suplemento com cerca de 1 mês e depois só mamou até aos três porque às tantas rejeitou a mama. Desta vez estava preparada para ignorar, dentro do possível a balança e confiar nos meus instintos. Depois de sair da maternidade, foi pesada com 15 dias, na pediatra e com um mês, novamente na consulta. Nada de balanças de farmácia ou do centro de saúde. Engordou um Kg ao fim do primeiro mês e eu fiquei toda satisfeita e confiante de que a amamentação era para continuar em exclusivo. Uns dias depois foi internada e como estava com dificuldades respiratórias, tinha que tirar leite com a bomba para lhe dar no biberão. Ela bebia bem e até não perdeu muito peso, mas o meu estado nervoso foi tão grande que quase fiquei sem leite. No dia em que tivémos alta, quando cheguei a casa, parecia não ter leite nenhum. Fiquei bastante triste mas lá fui comprar uma lata de LA e comecei a suplementar algumas mamadas. Comecei a procurar informação sobre formas de aumentar a produção de leite e percebi que o melhor mesmo era dar-lhe de mamar o mais possível, sem restrições. Chegava a mamar de meia em meia hora e claro que eu tive que ouvir muitas vezes "se calhar o teu leite não a satisfaz porque ela já está com fome" ou "que estranho, a maior parte dos bebés mama de duas em duas ou três em três horas". Eu ignorava e ia-lhe dando suplemento, sempre que necessário. Ao fim de cerca de dez dias, o leite voltou a subir e voltei a ter o suficiente para amamentá-la sem suplementos. Como aos dois meses começou a dormir a noite completa, eu acordava a meio da noite para tirar leite, sempre a pensar que podia vir a precisar dele para dar como suplemento. Mas o certo é que não precisei. Usei-o depois para lhe dar no biberão, quando estava com os dois sozinha, e uso agora para deixar na ama para ela lanchar.
Com o tempo fui ficando cada vez mais segura de que estava a correr bem e a gostar cada vez mais de amamentar. O regresso ao trabalho (há um mês atrás) implicou algumas mudanças como ter que lhe dar mama de manhã quando eu estou disponível, o que pode não coincidir com a hora dela. Mas não tem corrido mal. Aos seis meses faz, durante a semana, três refeições com o meu leite, uma de papa e uma de sopa e fruta. Devemos deixar agora a papa e passar a duas de sopa. Ao fim de semana temos regime livre e não somos tão rigorosos com as refeições de colher. A pediatra quer introduzir o iogurte ao lanche, mas eu vou manter as coisas assim até acabar o leite que tenho congelado.
De resto, vou aproveitando bem estes momentos só nossos até que ela deixe de querer ou até eu deixar de lhe poder dar. Já valeu a muito a pena e eu sinto-me muito bem por não ter desistido à primeira contrariedade.

2 comentários:

Maria João disse...

Boa! Parabéns!! Com a minha 1ª filha a amamentação tb não correu como deveria. Só cerca de 2 meses e com suplemento à mistura. Com mastites e mamilos gretados tb.
Desta vez espero conseguir amamentar não só mais tempo, mas também de forma mais tranquila. Vamos ver.
Bjinhos.

María disse...

Olá!

Para a amamentação correr bem, tem de ser em livre demanda e fizeste muito bem em seguir o teu instinto e fazer tudo o que pudesses para prolongar a amamentação!
Comigo o 1º também correu mal, não pegou no peito, enfim, várias contrariedades e eu sem saber nada...no 2º informei-me sobre tudo o que havia para saber e correu lindamente, nunca bebeu um biberão, aliás só deixou a maminha quando engravidei do 3º :)


Beijinhos
María