segunda-feira, 27 de julho de 2009

Uma semana daquelas

A semana passada foi uma daquelas para esquecer. Na Quarta-feira quando fui buscar o Henrique ao colégio percebi que não estava bem porque, ao contrário do que acontece sempre, não se levantou para vir ter comigo. Quando fui ter com ele percebi que devia ter febre. Chegámos a casa e a suspeita confirmou-se. Em uma hora passámos de 37,5º para 38,5º e nós não esperámos muito para ligar para o Saúde 24 uma vez que tínhamos estado em Madrid uns dias antes. Liguei, expliquei a situação, passaram-me para a linha de saúde pública que trata especificamente dos casos suspeitos de Gripe A e nós lá ficámos à espera. Precisamente duas horas e dez minutos depois (e quatro euros e tal de telemóvel), a chamada foi abaixo porque fiquei sem saldo. Voltei a tentar a partir do telefone fixo que está estragado por isso ouve-se muito mal e disse ao enfermeiro do Saúde 24 que me atendeu que queria fazer o teste da Gripe A para afastar todas as dúvidas e que não ia esperar novamente duas horas para falar com a linha de atendimento. Se não me atendessem rapidamente ia para a Estefânia sem ser encaminhada por eles. Ele disse que me iam contactar e assim aconteceu. Na Estefânia foi outro filme porque não há procedimentos bem definidos (ou pelo menos nem todos os conhecem) e eu acabei por andar perdida nos corredores do hospital à procura da dita médica que nos ia fazer o teste. Enfim, máscaras para todos, espera de uma hora feita no carro, teste feito (com um cotonete tiram amostra de mucosa do nariz e da garganta) e fomos para casa esperar pelo resultado. Como a febre não baixava com o benuron e brufen, chegámos mesmo a pensar que ele teria a gripe (aqui confesso que a preocupação principal era por ele ter ido ao colégio nos dias anteriores). No final do dia de Quinta-feira ligaram-nos do hospital a dizer que o resultado era negativo. Entretanto continuaram as febres e nós sem perceber o que era. Na Quarta quando fez o teste foi todo examinado (garganta, nariz e ouvidos) e não tinha nada. Sexta-feira liguei para a pediatra para o ver e não foi preciso muito para descobrir que era uma otite nos dois ouvidos que dois dias antes ainda não devia estar visível. Estamos a antibiótico (outra vez...) e frescos como se nada fosse.
A grande conclusão que tirei de tudo isto foi que não estamos preparados para fazer face ao aumento do número de casos de Gripe A que se prevê. A linha de saúde pública não consegue dar resposta a todas as silicitações, para além disso, informa os utentes mal e o hospital não tem procedimentos definidos ou pelo menos nem todo o pessoal que lá trabalha os conhece. Naquela noite estavam na Estefânia duas crianças para fazer o teste, o Henrique e outro menino, e foi o que foi. Não imagino como será quando tiverem que dar resposta a 20 ou 30 casos suspeitos, quando tiverem que encaminhar 20 ou 30 famílias, enfim... nem quero imaginar o caos.

3 comentários:

Maria disse...

Imagino o susto, chiça!

Ainda bem que é só uma otite e as melhoras para o Henrique!

Bjs grandes

Ana Fundo disse...

Bem, imagino o susto que apanharam, e digo-te que já imaginei isso, nós não estamos preparados para quando chegar a Pandemia!!!!
Tb o David está com uma otite e a antibiotico!!!
Enfim...as contipações de Verão.
As melhoras do menino.

Maria José disse...

bolas imagino o susto que apanharam,
bem e o que contas-te da linha 24 é surreal
as melhoras para o Henrique
bjokas