Há três anos desconhecia que esta seria a minha última noite em casa com
um filho. Estava impaciente, grande e farta de estar grávida (como, de resto,
passei a maior parte das minhas gravidezes) e no dia seguinte (25) tinha uma
consulta de referência na MAC (aquelas em que fazem o toque e iniciam os
procedimentos finais). Tudo normal, portanto.
A decisão de ter um segundo filho foi tão amadurecida como a de ter o primeiro. Foi do género "querido, os contraceptivos andam a deixar-me mais gorda e irritada. Acho que vou fazer uma desintoxicação." "Hmmm ... Gata, sabes que podes engravidar, isso significa que queres ter mais um filho?" "Não meu amor, não tour a dizer nada disso, que tolice..." E pimba,... Paula grávida e o resto já se sabe.
A decisão de ter um segundo filho foi tão amadurecida como a de ter o primeiro. Foi do género "querido, os contraceptivos andam a deixar-me mais gorda e irritada. Acho que vou fazer uma desintoxicação." "Hmmm ... Gata, sabes que podes engravidar, isso significa que queres ter mais um filho?" "Não meu amor, não tour a dizer nada disso, que tolice..." E pimba,... Paula grávida e o resto já se sabe.
Enganando-nos um ao outro, ambos sabíamos que um segundo filho naquela
altura era a melhor opção. Difícil de assumir, mas ainda assim a melhor. O
Henrique, um miúdo lindo de morrer e o melhor filho do mundo, estava a entrar
naquela fase em que queria um irmão. Nós, continuávamos a alimentar aquela
ideia de que aos 40 estaríamos com os filhos criados e prontos para viver ainda
muito do que a vida tem para nós oferecer. Assim, mais ou menos planeado, ter a
Luisa 2 anos e meio depois do Henrique, acabava por ir ao encontro das expectativas
de todos.
A noite de 24 foi a minha última noite em casa com um filho (cá fora). E
a partir daí a nossa vida nunca mais foi igual.
Quando queria ter um parto programado, porque quando se tem um filho e
pouco apoio familiar, é preciso pensar nestas coisas, ela decide vir de
surpresa. Com tudo mais ou menos planeado para tê-la no privado (há e tal,
agora há o miúdo, e o pai do miúdo que podem passar mais tempo comigo enquanto
estiver internada), pimba, decidiu nascer na MAC, na sequência de uma consulta
de rotina, precisamente no mesmo quarto em que o irmão nasceu (e da MAC guardo
o melhor de tudo, pessoas, serviço, o melhor, mesmo). Enfim, .... Tudo à sua
maneira desde que começou a manifestar a sua vontade.... E assim é até hoje.
A Luísa tem tanto de doce como de torta (torta mesmo, do mais torto que
há). Miúda gira mesmo a sério. Daquelas que querem crocs para a chuva cor de
rosa e mini saia de ganga, mas que, quando lhe perguntam qual o seu super herói
preferido responde sem demora "o war machine". O irmão é o seu ponto
de referência, o seu ídolo, e adotou, desde cedo, os seus heróis como dela. O
pai é o seu maior fã e ela sabe, e usa-o de forma inteligente. Com a mãe acho
que tem uma relação de extremos: chocamos de frente, mas é comigo que vem ter
quando mais precisa.
O Henrique diz que ela é maluca pela forma intensa como lida (e berra)
com tudo. Eu acho que isto revela uma relação apaixonada com a vida e com as
pessoas com quem se relaciona. É uma força da natureza!
1 comentário:
Parece que estou a ler descrições a minha Luísa com 3 anos feitos no passado dia 01/10, sem tirar nem por!!! Com ela nada é previsível, nem facilitado, nem moderado, é mesmo o 8 ou o 80, a doçura e bravura....
Muitos parabéns!!!!
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